Se você já assistiu ao filme Pânico, talvez se lembre da primeira cena do longa, onde a personagem principal atende ao telefone e, de forma ingênua, começa a falar com o assassino sem nem desconfiar do que viria pela frente… Se você é fã de filmes de terror provavelmente já tá calejado e, só de bater o olho, desconfia qual vai ser o personagem que “vai morrer primeiro”, né? Tem filme que a gente nem precisa assistir para saber que o “grupo de amigos” vai correr perigo, um deles vai pisar na bola por ser aventureiro demais e colocar todo mundo em uma fria, o casal vai acabar se separando e é possível que o assassino esteja entre eles (ou seja um espírito maligno ou use uma máscara).
Tá, mas o que isso tem a ver com as comédias românticas? Se você assistiu O Casamento do Meu Melhor Amigo se deparou com um triângulo amoroso, onde a atriz principal (Julia Roberts) descobre que está apaixonada por seu melhor amigo pouco tempo antes dele se casar (sendo que eles têm um acordo de que se casariam caso estivesse solteiros quando completassem 28 anos). E é claro que ela só percebeu isso tarde demais, né? Quando foi convidada para ser madrinha de casamento dele – um peteco daqueles.
Acho que deu para sacar onde quero chegar, né? O cinema está recheado de clichês para todos os gostos. Até mesmo os filmes “hollywoodianos” tem um jeitão clássico cheio de “lugares comuns”. Mas sabe o que é mais fascinante? A identificação e o alcance com uma história comum é mais alta do que uma cheia de excentricidades.
O motivo é que a vida real é tão imprevisível que um clichê traz uma boa dose de conforto para quem consome. E, dependendo da história, ele acaba sendo um alívio (ou uma dose extra de adrenalina, a emoção que estava faltando). A gente escolhe o tipo de filme que gosta para ter mais daquele sentimento – e esse comportamento se repete na nossa vida. É por isso que a galera vai até o seu perfil em busca dos clichês e, se você souber usá-los da maneira certa, vai manter o público entretido até o “final”, topa?
O Óbvio precisa ser dito
Depois de entender porque os clichês são tão valiosos, fica fácil relembrar porque o óbvio precisa ser dito. O primeiro ponto é que o seu perfil funciona como uma grande rodoviária, onde existem pessoas circulando o tempo todo. Algumas estão indo, outras chegando e algumas paradas em uma loja ou um café.
Tem tanta informação rolando que você precisa manter as pessoas cientes, o tempo todo, do que elas estão fazendo ali. Ao mesmo tempo é fundamental informar, para quem está chegando, qual é o óbvio daquele perfil, ou seja, quem é você, quais são suas crenças, qual é o seu trabalho e como você (e o seu conteúdo) são úteis.
O que é óbvio para um, nem sempre é óbvio para todo mundo. E antes que você pense que pode “cansar seus seguidores”, quero te lembrar que esse não é o parâmetro correto. Quem está “do outro lado da tela” não cria conteúdo como você, nem pensa 24 horas nesse assunto ou é especialista na área. Por isso, abrir caixinhas de perguntas, fazer uma live e criar maneiras de interagir são tão importantes para ter uma ideia real do que a galera está entendendo e qual imagem você tem passado. Para aumentar o engajamento, o melhor caminho é começar a interagir mais.
Escolha seu “lugar comum” favorito
Uma das formas de explorar os clichês é usar aqueles que já existem para criar conteúdo. Separei alguns para te inspirar, olha só.
Refrões
Sabe aquela música que, quando toca, não sai da cabeça? Existem as músicas clichês e as chicletes (que são hiper clichês, vai). Brincadeiras à parte, essa pode ser uma boa forma de chamar a atenção da audiência, como eu fiz com esse post.
Slogans
Relaaaaxa, na Americanas você acha! Quer combinação de palavras mais simples que essas? Nem todo slogan é clichê, mas eles seguem a mesma lógica deles, inclusive se valendo de rimas e estruturas de linguagem que ajudam a gente a não esquecer a mensagem.
DITADOS POPULARES