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25/11/2022
O Portal
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A Copa do Mundo é um grande ritual

Eeeuu sou brasileeeiro, com muito orguulho, com muito amooôôor 

Entrou no clima? Pois é, a seleção brasileira de futebol entrou em campo e a internet parou! Parou para assistir, isso sim. Até pouco tempo atrás ninguém pensava na possibilidade de assistir a um jogo da Copa do Mundo em uma plataforma de streaming, até mesmo por conta dos direitos de exclusividade de transmissão e aquela burocracia toda de anos atrás.

Mas isso mudou. O primeiro aceno de que algo assim ocorreria aconteceu quando a Globo perdeu os direitos de exclusividade para as transmissões da Copa pela internet, o que ocorreu após um acordo com a Fifa de renegociação dos valores das cotas durante a pandemia da Covid-19 (o que começou com um atraso no pagamento por parte da emissora).

Foi assim que a Fifa reabriu as negociações dos direitos digitais dos jogos e negociou a transmissão com a LiveMode, empresa parceira de Casimiro Miguel – o Cazé. Só aí ele já havia entrado para a história como o primeiro streamer a transmitir os jogos online (feito que nem mesmo empresas como a TNT haviam conseguido no Brasil).

Só que a história não parou aí: Cazé transmitiu a primeira partida da seleção brasileira e bateu o recorde de maior live da história do Youtube, atingindo um pico de 3,48 milhões de pessoas assistindo ao jogo Brasil x Sérvia simultaneamente.

Mas… E o Galvão Bueno?


Aposto que você…

Se você já assistiu a alguma Copa do Mundo, é quase impossível não ter acompanhado a narração de Galvão Bueno (que já participou da abertura de 9 Copas). Ele é uma das figuras mais polêmicas do futebol brasileiro, amado e criticado por muitos, o que muitas vezes acontece ao mesmo tempo. Enfim, ele é praticamente da família.  E tem gente que vai continuar sintonizando a Rede Globo para manter a tradição, apesar das mudanças (inclusive a que citei envolvendo a transmissão pelo Youtube). E por que isso acontece? Porque somos ritualísticos, isso faz parte da natureza do ser humano. Quer ver só?

VOCÊ JÁ ENFEITOU A RUA?

Você pode nunca ter pintado a rua quando criança… Mas aposto que, na sua cidade, algum comércio já pendurou bandeirolas, alguém pintou o muro e é provável que muita gente tenha colocado bandeirinhas do Brasil na janela do carro. E fique ligado porque a tendência é que esses casos aumentem à medida que o time ganhe as partidas.

CONHECE ALGUÉM QUE TEM UM AMULETO?

Quando falamos que o Brasil é o país do futebol, é porque a cultura de jogar bola é algo presente na sociedade. É um esporte barato, que pode ser praticado em quase todo canto e é praticamente obrigatório nas aulas de educação física. Essa repetição faz com que, na hora do campeonato, todo mundo tenha algum ponto de conexão com o esporte. Depois disso surgem os elementos de identificação com a copa em si, como a camisa da seleção.

COMPLETOU UM ÁLBUM?

Quer ver outro sintoma da Copa do Mundo? O álbum de figurinhas é mania entre as crianças mas tem muito senhor (e senhora) fazendo fila para trocar os repetidos. E sabe o que é mais icônico desse ritual? Ele mistura desafio e senso de comunidade… Repare que agora vou te mostrar onde quero chegar com esse papo todo de futebol.

JÁ APOSTOU NO BOLÃO DA GALERA?

E o que reforça essa conexão tão forte com a Copa do Mundo? O espírito de comunidade, o sentimento de pertencer a algo. Nada é tão poderoso quanto um inimigo em comum, ainda mais se esse inimigo for “externo”, o que acontece a cada nova partida com os jogadores estrangeiros. E como a gente traduz essa “união”? Se reunindo com a família, os amigos, apostando no bolão… Acompanhar os jogos com a sua galera vira um verdadeiro ritual.

As marcas exploram o sentimento de comunidade

Deu para perceber que, aos poucos, fomos listando alguns dos elementos do primal branding? Crenças, comunidade, rituais e um inimigo em comum fazem parte do posicionamento de uma marca. Colocando tudo isso na ponta do lápis fica fácil perceber porque a Copa do Mundo faz tanto sucesso. E as grandes marcas sabem disso, tanto é que elas investem milhões para participarem do mundial e terem sua imagem associada ao grande ritual da Copa do Mundo.

Adidas, que também é patrocinadora oficial da Copa do Mundo da Fifa, criou uma propaganda reforçando o senso de comunidade da marca em um comercial chamado “The Family Reunion” (Reunião em Família), onde ela uniu diversas estrelas patrocinadas pela marca, dentre elas Lionel Messi, Karim Benzema, Achraf Hakimi, Son Heung-min, Jude Bellingham, Pedro González López e Serge Gnabry.


E os rituais do seu nicho?

Como você sabe, a Copa do Mundo da Fifa acontece a cada 4 anos. Essa definição é extremamente importante quando falamos de rituais, porque eles exigem uma frequência determinada. O ritual pode ser diário, semanal, quinzenal, mensal, anual… Não há uma regra, mas toda escolha implica em uma consequência. Pensa assim: se a Copa acontecesse todo ano, é provável que nem todo mundo parasse para assistir aos jogos com a mesma intensidade (vamos combinar que é um baita trampo gerenciar o comércio, as escolas, o trabalho e tudo mais para dar conta de assistir à Copa, né?). Então essa escolha mais espaçada dá tempo para a galera se preparar para um evento grandioso. Só que esse mundial existe há anos, envolve muita grana e patrocínio internacional. Ou seja, vamos adaptar isso para a realidade de um perfil no Instagram. Vamos começar definindo o que é um ritual.

Materialização de crenças

O ritual só faz sentido se estiver alinhado com uma crença. Vamos ao exemplo: se a pessoa deseja ser mais “produtiva e realizada”, ela pode começar acordando às 5 da manhã. Apesar do hábito ser “acordar mais cedo”, o ritual não é isso. Ele engloba um conjunto de ações que fazem com que a pessoa acorde mais cedo diariamente.

Frequência

É por isso que a frequência é tão importante para o ritual. Enquanto o exemplo de acordar mais cedo precisa ser feito diariamente com o objetivo de tornar a pessoa mais “produtiva e realizada”, o ritual da Copa do Mundo acontece a cada quatro anos, garantindo a preparação dos países que irão sediar o mundial.

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