Existe muito mistério em torno dos conteúdos virais e não é para menos: se alguém soubesse uma fórmula infalível para viralizar, pode apostar: essa pessoa estaria milionária em poucas horas. Isso acontece porque o viral, aquele conteúdo que ultrapassa (e muito) a própria bolha, não depende exclusivamente do criador de conteúdo.
É aquela máxima: você pode amar alguém, mas não consegue obrigar ninguém a te amar. Da mesma forma que você pode criar o post perfeito e, ainda assim, ele flopar. Seja porque o Brasil tá na final da Copa do Mundo e não se fala de outra coisa – seja porque o Instagram saiu do ar do dia para noite. Algumas variáveis não estão nas nossas mãos. Mas outras estão.
Ainda que não exista uma receita de bolo para viralizar, tem muita coisa que a gente pode fazer para facilitar isso e mais: dá para criar posts de sucesso que são fortes o suficiente para ultrapassar a própria média.
Contágio: por que as coisas pegam
Os virais têm o mesmo poder dos memes: eles se espalham como vírus e ninguém os segura mais. Repare naquele conteúdo que está rodando o Whatsapp e apareceu até no grupo da família.. Existe algo ali que gera identificação, desperta estranheza e curiosidade, traz prazer (o que acontece muito com os conteúdos de humor) e dá o que falar.
Esses ingredientes virais podem ser identificados e recriados de forma intencional. Agora, a gente sabe que conteúdos de humor tendem a performar melhor do que os demais, por exemplo. E isso não significa que você precisa criar posts assim só porque eles “viralizam mais”. Fazer isso é um erro que pode custar muitas vendas lá na frente – o que acontece com diversos perfis “grandes” que faturam pouco.
Feito o alerta, vamos voltar para o universo viral. O livro “Contágio: por que as coisas pegam” de Jonah Berger aborda este assunto e traz alguns elementos que nos ajudam a ter insights sobre o que tem mais chance de “pegar”, ou seja, cair no gosto popular – lembrando que todo conteúdo que viraliza precisa ser “assimilado” pela comunidade, porque são as pessoas que compartilham e são elas que vão falar sobre isso na mesa do bar, na roda entre amigos, no refeitório e por aí vai.
6 ingredientes virais
Moeda social: tudo que você compartilha é uma moeda social, onde se espera algo em troca. A mesma lógica vale para a galera que compartilha seu conteúdo, já que ela se torna o “porta-voz” de uma mensagem. Pense nisso na hora de criar algo: como as pessoas poderão usar sua postagem para se expressar? Seja um conteúdo de humor, uma reflexão, uma curiosidade… Conteúdos virais são moedas valiosas porque se tornaram relevantes para muita gente.
Emoção: esse é um dos principais elementos que faz com que alguém queira compartilhar o conteúdo, ou seja, mostrá-lo para mais pessoas. Isso acontece quando você consegue tirar a pessoa de um estado passivo e colocá-la em um estado ativo onde ela tem vontade de fazer alguma coisa, seja cantar uma música, se levantar, suspirar ou mesmo sorrir. Lembre-se: rede social é puro engajamento e as pessoas reagem à medida que são impactadas (por isso os vídeos tem tanto apelo viral, assim como certas frases “de efeito”).
Gatilhos: o que o autor quer dizer por gatilho vai além do entendimento comum sobre gatilhos mentais. Ele mostra como alguns conteúdos, por usarem determinadas palavras, acabam ganhando mais força em certos momentos. Imagina só a palavra sextou… Ela tem muito mais a ver com a sexta-feira do que com a segunda-feira, não é mesmo? Isso nos lembra que os conteúdos tem contexto e quanto mais acertado for o “timing”, mais chance de um post viralizar.