Não sei se você já passou por isso, mas muita gente tem receio de falar o quanto cobra por um serviço. E, por incrível que pareça, isso acontece tanto nos casos em que a pessoa acredita que o preço está “barato demais” ou “caro demais”, o que é muito comum quando a régua para definição desse valor parte da concorrência (o que é a fórmula do insucesso, mas não vamos falar sobre isso agora).
Essa insegurança com relação ao valor cobrado acaba respingando na comunicação da marca como um todo, afinal, preço também é posicionamento. E é justamente por isso que ele não pode ficar deslocado da comunicação da sua marca (e isso não significa que você precisa falar de valores toda hora).
Vamos para os exemplos práticos: a Gucci não justifica o preço cobrado por uma bolsa, sendo que a mais barata custa em torno de R$ 3.400,00 – mas ela sabe que entrega muito mais do que um acessório de moda. A marca vende uma identidade, associada a status, luxo e fashionismo. Mas não é só isso, a empresa investe em cada etapa do processo de compra, passando pela ambientação da loja, atendimento, suporte e garantia – o que é coroado com um produto de excelência.
Agora, quando você opta por comprar uma peça em uma loja de departamentos, encontra outras vantagens – essencialmente atreladas ao custo/benefício de uma peça.
O que o cliente “economiza” no preço, acaba sendo custeado por uma experiência menos personalizada que nem sempre significa uma experiência de compra ruim – apenas diferente.
Agora que já estamos na mesma página, reconhecendo que o valor que você cobra faz parte da construção da marca, chegou a hora de descobrir como explorar esse assunto na produção de conteúdo.
A força da linha narrativa
De forma resumida, vale dizer que todos os elementos que você comunica para a audiência constituem a imagem que o cliente forma sobre sua marca. Ao falar o preço de um produto ou serviço, automaticamente o público busca referências que ele já tem para identificar se aquilo é caro, barato ou é o “preço justo” a ser pago pelo que foi oferecido. Acontece que simplesmente apresentar um valor, sem que a audiência tenha conheça os benefícios que você oferece, pode ser um tiro no pé (mesmo se o produto for barato, viu? Porque estamos acostumados a pensar que o que é bom custa caro). Antes de nos aprofundarmos nisso, quero te mostrar o que eu fiz recentemente para aumentar o nível de consciência da audiência, olha só.
Apresentação do problema
Não sei se você lembra, mas antes de anunciar a primeira Formação em Estratégia de Conteúdo, eu construí uma linha narrativa para apresentar uma profissão totalmente nova: a de estrategista de conteúdo. E um dos pontos que apresentei, para gerar o contraponto com o social media, foi justamente a diferença de salário entre eles. Mas antes mesmo de falar sobre isso, criei este post para apresentar o problema: não seja social media (já que a profissão virou sinônimo de “um postador” de conteúdo – visão que eu queria desconstruir).
Aumento do nível de consciência
Meu objetivo era posicionar o profissional das redes sociais de forma correta: recebendo como um estrategista – já que o marketing digital deixou de ser um diferencial e passou a ser prioridade no setor de marketing e de vendas de qualquer empresa. Foi aí que eu comecei a elevar o nível de consciência da minha audiência, mostrando como os estrategistas de conteúdo são remunerados no mercado, apresentando ofertas de trabalho e exemplos reais. Ao mesmo tempo deixei claro todas as habilidades exigidas desse profissional, que vai muito além de “postar conteúdo”.
Apresentação da solução