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12/8/2022
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I don’t know about you, but I’m feeling 22

Liga o som porque o papo virou musical e a razão para isso só poderia ser a comemoração de 22 edições do Portal, um número consagrado por ninguém menos do que… Taylor Swift (que tem uma música chamada 22). A tradução do título, inclusive, é “eu não sei você, mas me sinto com vinte e dois”, se referindo aos seus 22 anos de idade quando lançou a canção, em 2012.

Confesso que não conheço muito do trabalho da cantora, mas convivendo com a Geração Z na empresa, a gente aprende algumas coisas. Não demora muito para descobrir a história dela, que possui até mesmo um documentário e a gravação de um show dentro da Netflix.

Taylor soma mais de 50 milhões de álbuns vendidos no mundo todo – um marco que surpreende quem não sabe que ela ralou muito para chegar onde está hoje. Ou alguém dúvida de uma menina que, com 10 anos decidiu ser cantora e, com apenas 11 anos, convenceu os pais a irem até Nashville, onde ela distribuiu CDs demo aos recepcionistas do Music Row, que é o coração da música country? Nem sei se eu lembro o que estava fazendo nessa idade… 

Se você não entendeu onde vou chegar com esse papo todo, abre o olho porque esse ícone pop para as gerações mais novas tem algo muito interessante a nos ensinar sobre marketing. Afinal, não tem como duvidar que ela é um fenômeno depois de olhar para os mais de 222 milhões de seguidores (apenas no Instagram).

O fato é que a Taylor tinha uma visão estratégica muito apurada, desde novinha, e soube conquistar uma grande fatia do mercado musical de um jeito surpreendente: furando a sua própria bolha. Não dá para dizer que ela “simplesmente viralizou”, mas vale destacar que ela deixou o mundo pop de boca aberta quando ganhou o VMA de Melhor Vídeo Feminino por “You Belong With Me” em 2009, concorrendo com artistas como Beyoncé Lady Gaga. A surpresa foi tanta que Kanye West chegou a retirar o microfone das mãos da cantora na hora do prêmio.

No fim das contas a polêmica deu o que falar e a Taylor, que já era querida por uma multidão, estourou a bolha e foi mencionada até pelo Obama. Sim, o presidente. E é claro que ela não decepcionou quando todo mundo conheceu o seu trabalho. Sacou porque a Taylor tem tudo para estar nesse Tudo é Marketing? Esse é só o começo.


O Tudo é Marketing da Taylor

Tem muita coisa para destacar sobre a cantora, mas escolhi 5 lições valiosas para nenhum marketeiro colocar defeito, saca só.

Autenticidade

Uma das suas características mais marcantes é o fato de ser, além de cantora, compositora das suas próprias canções. Além disso reforçar a autenticidade e garantir que cada música tenha a sua assinatura, a Taylor consegue chamar ainda mais a atenção do público que, toda vez tenta entender de onde saiu a inspiração para aquela letra. Sem contar o burburinho para descobrir se ela está falando sobre alguém, já que a vida amorosa da Taylor sempre foi motivo de muita especulação (e fofoca mesmo). Captou a ideia? Basicamente estamos falando sobre a força de uma boa história de criação, recheada de emoções.

Estratégia

Se, quando criança, a Taylor convenceu os pais a se mudarem de cidade para que ela pudesse ficar mais perto de produtores musicais consagrados (o que ela conseguiu), na fase adulta ela não mediu esforços para chegar exatamente onde queria. O que aconteceu no VMA de 2009 foi apenas um ensaio para a transição de nicho que viria depois – e que não foi feita do dia pra noite! Muito pelo contrário, cada música da cantora mudou progressivamente até o lançamento do álbum Red, que marcou a transição do universo country para o pop. É nesse álbum que a gente encontra hits como 22 e I Knew You Were Trouble.

Comunidade

Uma das críticas mais comuns feitas à Taylor é que ela seria “sem sal”, o que não faz o menor sentido para quem conhece, de fato, a história dela. Tanto é que, quando a acusaram de continuar sustentando o estilo country, apenas por dinheiro, ela respondeu prontamente (e nunca teve receio de se posicionar). Logo em seguida ela assumiu, de vez, o pop com o lançamento do álbum 1989. Um posicionamento muito transparente com a audiência rendeu ainda mais pontos para ela. Mas isso não foi conquistado à toa, viu? Ela sempre deu atenção aos fãs clubes, chegando a ficar mais de 14 horas com fãs para atender todo mundo que tinha ido vê-la. 

Polêmica

Depois do álbum1989 a Taylor enfrentou uma crise na carreira que não tinha nada a ver com seu trabalho e sim com a sua imagem. Tanto é que uma das polêmicas envolvia, mais uma vez, o Kanye West, que havia lançado a música Famous, onde chamava a Taylor de nomes pesados. O negócio ficou sério, houve uma série de reviravoltas e parte do público se voltou contra ela depois de uma intervenção da Kim Kardashian dizendo que a “Taylor sabia” que a música seria lançada. Ela sofreu um bocado com os haters que espalhavam emojis de cobra em todo canto na tentativa de vender o discurso que ela era uma cobra.

Rebranding

Tá parecendo novela? Pois segura mais essa: a cantora sumiu. Isso mesmo, ela saiu à francesa e deixou todo mundo de orelha em pé para saber o que ela faria em seguida. E, depois de alguns anos, quando ela retornou, o sucesso foi grande. A Taylor conquistou, de vez, o título de rainha do marketing ao transformar o limão em uma bela limonada. Só para você ter uma ideia, a música de Look What You Made Me Do foi uma resposta à letra de West e, agora, a postura da artista era totalmente diferente . De “boa moça à vilã”, o posicionamento trazia muito mais força e uma personalidade bem marcada. Até o cenário da turnê usou as cobras como decoração, mostrando que ela sabe, muito bem, o que tá fazendo. Eu não duvido.

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