Fãs gritando pela espera do seu cantor favorito, uma legião apaixonada por futebol em um estádio, aficionados por cinema em eventos esperando pelos seus atores preferidos… Esses são cenários comuns de fãs que eu e você temos na cabeça.
Mas a verdade é que ter uma comunidade de fãs não é necessariamente buscar por algo tão grandioso ou esperar pela euforia causada pelas celebridades ou pelo entretenimento. Pelo contrário, ouso dizer que você já tem fãs: são os seus clientes mais leais e aqueles seguidores que estão sempre interagindo com o seu perfil. E só de falar isso, sei que pelo menos um ou dois nomes devem ter aparecido na sua cabeça, lembrando dessas interações.
Por isso, meu convite agora é que você dê um próximo passo e pense intencionalmente nesse grupo que está criando. O que essas pessoas tem em comum para fazerem parte da comunidade da sua marca? Como você as chama? Elas se reconhecem de alguma forma, por meio de algum símbolo?
No relatório #001, por exemplo, falei sobre ícones e o quão interessante é ter um emoji da sua marca. Esse próprio emoji pode ser uma pista ou estar diretamente relacionado ao nome da comunidade de fãs que você está construindo.
As pessoas gostam de pertencer à um grupo! Não à toa, em toda live que eu faço aparecem diversos clientes meus com o emoji de porta ou então dizendo que são portaleiros.
Essa ideia de nome para a comunidade é levada a sério no mundo do entretenimento e do esporte, e poucas pessoas usam isso bem dentro do universo de produtos e serviços. A cantora Lady Gaga, por exemplo, chama seus fãs de little monsters. O grupo de kpop BTS tem as armys. Os torcedores mais aficionados pelo Corinthians fazem parte da Gaviões da Fiel, enquanto os palmeirenses criaram a Mancha Verde para demonstrar seu amor pelo time. Viu só como funciona?
Se você está achando o papo muito abstrato até agora, bora ver na prática como isso funciona!
A padaria de Arthur Aguiar
Aproveitando que o assunto ainda está fresco, não tem como não falar da padaria de Arthur Aguiar. O ator, cantor e participante do BBB22 entrou no programa chamando seus fãs de pontinhos de luz – e continuou usando o nome até a final.
O que ele não imaginava era que, fora do isolamento, sua comunidade de fãs estava sendo chamada de padaria. O nome nada mais é do que uma brincadeira que surgiu por conta do consumo acima da média de pão pelo ator, que até então tinha uma dieta mais restrita em seu dia a dia fora da casa.
Unida, a padaria colocou o ator no pódio do programa, garantindo o primeiro lugar e 1 milhão e meio de reais. A força de um fandom é sobre isso: mobilização e paixão em massa.
Os ilustrallers da Ilustralle
Agora, você deve estar pensando “mas Portal, eu tenho uma loja! É possível fazer isso?”. Não só é, como algumas marcas já fazem!
A Ilustralle, por exemplo, chama os clientes da marca de “ilustrallers”. Para reforçar o nome e o branding, a palavra é usada com frequência e com diversas postagens que geram identificação e conexão.
No post acima, eles colocam um “starter pack” dos clientes: ou seja, itens básicos de todo cliente da marca. Você pode não só criar um post semelhante, como também se basear no nome da comunidade para criar o seu.
As beselhas de Paulo Cuenca
É claro que o Paulo Cuenca também não deixa a importância da comunidade de lado. Há anos ele chama os alunos dos seus cursos de beselhas: uma mistura de abelha com besouro, que inspiram organização e disciplina.
Além disso, a abelha tem o poder de transformar pólen em mel. Esse alimento produzido pela abelha é raro e representa prosperidade. No seu caso, a ideia é polinizar cada um de vocês com informações para negócios cada vez melhores.
Ele também tinha um nome para aqueles que ainda não eram seus alunos: os “gafanhas”. Acabou deixando de usar, mas fica aí o registro!
E vocês, do Portal, querem ter algum nome especial? Portaleiros? Vou deixar uma enquete na nossa pesquisa semanal aqui no relatório!