Se você tá com um ponto de interrogação na sua cabeça agora lendo esse título, deixa eu te atualizar. No dia 1 de abril aconteceu o sorteio de grupos da Copa do Mundo de 2022. No mesmo dia, foi anunciado o mascote da copa deste ano: o La’eeb, nome que significa “jogador habilidoso”. Ele é esse desenho fofo aí da foto! Simpático, né?
É claro que seu formato criativo tem uma explicação: o desenho é inspirado nos lenços de cabeça que são tradicionais da cultura árabe, afinal, a copa de 2022 acontece no Qatar, um país do Oriente Médio. Mas eu e você sabemos bem como é a criatividade dos brasileiros e, em poucos minutos, La’eeb ganhou alguns apelidos: gasparzinho, tapetinho, guardanapo, raia, lençol, o fantasma do 7 x 1 e, também, tapioca voadora. O que não faltou foi apelido! Pelo menos já dá para sentir que o La’eeb virou nosso brother.
E onde eu quero chegar com isso? Bora aterrizar nossas ideias.
O metaverso dos mascotes
O vídeo de anúncio do La’eeb o mostra dentro de um “mascoteverso”, que nada mais é do que um mundo fictício, um “metaverso”, que reune todos os mascotes da copa. Nesse universo, La’eeb se encontra com outros mascotes, incluindo o Fuleco, nosso mascote da copa do Brasil de 2014! Se ficou curioso para conhecer o mascoteverso, você pode assistir ao vídeo de apresentação clicando aqui. Note que o assunto do Metaverso está por toda a parte, e se você ainda não leu o nosso relatório #001, já anota a tarefa na agenda. Nele, temos uma seção exclusiva sobre o tema, para você não ficar de fora do assunto.
Conexão que vai além da compra de produtos
Os mascotes, sejam eles olímpicos ou da copa, foram criados inicialmente com o propósito de popularizar os jogos para a galera mais jovem. Ou seja, uma forma de buscar mais conexão com o público. Essa é uma palavra que já está batida aqui nos relatórios, mas reforçamos que ela é o segredo para negócios que querem durar no tempo. Quando o público se conecta com sua marca, ele deixa de escolher por peço e passa a escolher pelos valores em comum. E melhor: quando realmente nos conectamos com uma marca, viramos um cliente recorrente.
Vale lembrar também que hoje em dia compramos muito mais que um produto. Compramos um pedaço de identidade. A escolha de quem consumimos funciona como um ato político ou levantamento de bandeiras que acreditamos. Se você está aqui, por exemplo, acredita no poder da comunicação na Internet e na minha metodologia. E o que eu mais quero são clientes como você: dedicados, interessados e alinhados com meus valores.
Não à toa, marcas estão cada vez mais apostando em formas de aproximar o consumidor, incluindo várias estratégias de humanização que veremos ao longo dessa seção do relatório. Tá curioso? Então arrasta pra baixo, porque tem muita ideia boa pela frente – incluindo um exercício de humanização infalível.
5 inspirações de negócios que estão humanizando seus negócios
Cansei de Ser Gato
O Chico, da Cansei de Ser Gato, é um dos felinos mais populares da Internet brasileira. Só pela BIO da marca já percebemos a humanização: “Chico, 09, ator, modelo, dançarino, escritor, influencer, podcaster, blogueiro, CEO e líder da dominação mundial felina”. A empresa, que tem o gato como mascote, é um e-commerce de sucesso, específico para os gateiros de plantão.
Na linguagem da marca, Chico toma conta da comunicação. Ele se refere às donas como “minhas humanas”, e chama o público de “humanos”, tornando essa interação mais divertida. Além disso, as legendas tem um “quê” ranzinza que faz parte da personalidade do gato.
Outro ponto interessante da marca é a produção dos conteúdos. Todos eles são puro entretenimento para fãs de gatos: Chico e família aparecem com fantasias, roupas temáticas para feriados especiais, Reels brincalhões e fotos que refletem o que todo dono de gato passa. Mais uma vez, repito: essas são diferentes formas de buscar conexão com o público.
Will Bank
Quem disse que bancos precisam ser instituições chatas? O Nubank há algum tempo trabalha a humanização da marca e virou o queridinho de muitos brasileiros. No entanto, a tal da humanização na área financeira foi ainda mais longe com o Will Bank.
O banco digital já se mostra próximo do público logo na página principal, dizendo “Olá, sou um banco digital, mas pode me chamar de Will”. Percebe como a mensagem tem um tom de conversa e a aproxima quem está lendo?
No Instagram, a comunicação do banco segue essa mesma linha mais despojada. Pelos conteúdos, vemos uma marca atual que está por dentro de memes, conhece os formatos de conteúdo que o público mais jovem consome e usa ilustrações para tornar as postagens menos institucionais.
A marca também faz uso do marketing de influência, uma forma mais “indireta” de humanização, na qual o influenciador representa a empresa.
Alice Saúde
Temos várias opções de planos de saúde no Brasil, e ouso dizer que 90% deles adotam, nas redes sociais, uma postura institucional e fria diante dos clientes. Mas pensa comigo: um plano de saúde, que cuida de PESSOAS, não deveria se mostrar mais empático e próximo nas redes?
Esse é um dos grandes diferenciais da Alice. Sim, parece até mesmo que eu estou falando de uma amiga, então perceba desde agora o poder do nome do negócio. A empresa se posiciona no mercado como uma “gestora de saúde”, promovendo o atendimento digital, mas tendo também uma base física para seus clientes.
O conteúdo da Alice, além de estar alinhado com as dores e desejos do público da marca, tira vantagem da parceria com outros criadores de conteúdo, trazendo ainda mais credibilidade para o negócio. Também usam bem formatos de memes e brincadeiras da galera mais jovem.
Outro ponto interessante para ficar atento: a experiência de um plano de saúde humanizado quebra a barreira da Internet e aparece também no espaço físico da empresa em São Paulo, chamado “Casa Alice”. Soa bem melhor que uma visita ao médico, não?