É comum as pessoas perguntarem “qual foi o ponto de virada” na vida de alguém que alcançou algum sucesso. E mais comum ainda é as pessoas dizerem que não houve isso, que nada aconteceu do dia para a noite. Mas sabe o que é ainda mais usual? As pessoas se lembrarem dos momentos críticos, das crises, das perdas… Porque, de alguma forma, esses eventos ligaram os pontos da história toda.
Eu mesmo já te contei que vi minha produtora fechar, meu escritório todo ser desmontado e ter que reduzir a equipe por conta da pandemia, não foi? Pois é. Só de eu falar isso talvez você se lembre do dia que teve que desistir do seu negócio, das vezes que as contas não fecharam e dos sonhos que foram engavetados. É fod@, e a maior parte das pessoas passa por isso.
No mundo do empreendedorismo então, nem se fala. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 80% das micro e pequenas empresas não chegam a completar o primeiro ano e, dessas, 60% fecham antes dos cinco.
E por que eu tô te contando tudo isso? Porque falar sobre as vulnerabilidades, mostrar seus medos e abrir o coração com o público gera identificação.
É claro que não dá para sair contanto qualquer coisa de qualquer jeito, até porque as pessoas buscam pessoas fortes para seguir. Mas o pulo do gato é entender que essas vulnerabilidades fazem com que o público enxergue a força. E isso está na capacidade de se superar, na coragem de errar e na vontade de estabelecer conexões reais.
Você sabe que levantar uma discussão antes de abrir uma caixinha de perguntas aumenta a vontade das pessoas compatilharem sua visão sobre aquele assunto. Isso não é aleatório. Isso é comportamento humano.
Para deixar isso bem claro, quero te mostrar a palestra de Brené Brown para o TED Talks chamada “O poder da Vulnerabilidade”. Depois vou te mostrar como transformar isso em conteúdo, topa?
“Vulnerabilidade soa como verdade e se assemelha à coragem. Verdade e coragem nem sempre são confortáveis, mas nunca são fraquezas.”
Brené Brown
A perfeição não gera conexão
Brené Brown estuda as relações humanas e, em sua palestra, ela destaca a importância das relações – mostrando que somos biologicamente inclinados a criar conexões. Outro ponto interessante é que ela aponta que uma das barreiras para alcançar essas relações é a vergonha. Esse sentimento nos afasta da nossa autenticidade (o que é fundamental para encontrar o sentimento de realização que ela descreve na sua apresentação como amor incondicional). E por que isso nos interessa?
Muita gente me pergunta como achar o seu tempero, o seu diferencial, sua voz. E eu preciso dizer que isso só vai acontecer se você se expor, praticar e testar. A vergonha é um inimigo que vai precisar ser ultrapassado. E uma das formas de alcançar isso é contando sua história (ou a história da sua marca). E sabe o que é o melhor dessa história? Esse ponto de vulnerabilidade também nos aproxima da criatividade e da capacidade de estabelecermos relações.
Se você está buscando engajamento no perfil, saiba que você precisa construir relações
E esses três pilares vão te ajudar a construir isso.
Fale sobre os desafios
Compartilhe os desafios que você enfrenta e que tenham a ver com sua marca, que podem ser: uma rotina apertada em casa, a ralação para manter a saúde em dia, a jornada dupla de trabalho, a dificuldade em encontrar bons fornecedores e por aí vai. Falar sobre os desafios também ajuda a agregar valor ao que você oferece.
Compartilhe o processo
Mostre quais são os desafios a serem superados nessa caminhada, pois essas informações podem ser valiosas para quem passa por situações parecidas. Compartilhar histórias dos seus seguidores com a comunidade também fortalece esse sentimento de união. Lembre-se de pedir autorização e, dependendo do caso, manter a identidade anônima.
Inspire
Ser quem você vai inspirar outras pessoas a se reconhecerem e se exporem, até porque elas receberão apoio de uma comunidade forte. Esse é o papel de um líder, cuja jornada épica também faz parte da construção do branding da marca.