Você já ouviu essa frase: a prática faz o bom jogador, a paixão faz o craque? Se você reparou bem, ela tem tudo a ver com marketing, sabe por que? Por mais que eu te fale que a prática é um elemento fundamental para ter sucesso na produção de conteúdo, quem faz isso com intensidade (e estratégia), acaba saindo na frente. Pensa no camisa 10 do time: ele treina para caramba, não é mesmo? Mas fora isso, ele tem algo mais, alguns chamam de “estrela”, mas eu gosto do termo autenticidade: ele sabe quem é, o valor que tem e o quanto vale – e defende isso com unhas e dentes. Ele mata no peito a responsabilidade da partida, ele “chama o jogo”… Isso te fez lembrar de conceitos como branding e manifesto de marca? Pois você acertou, mas segura aí porque tem mais.
Futebol é um daqueles assuntos passionais por natureza, já diria o jargão popular: política, futebol e religião não se discute. Será mesmo? Todo mundo sabe de alguma coisa sobre esses temas e tem uma opinião formada a respeito disso, ainda que seja “não falar a respeito”. Agora, por que mesmo que o futebol (e a Copa do Mundo) mexem tanto com os brasileiros se o esporte só chegou por aqui no final do século XIX (e olha que os primeiros indícios de bola rolando surgiram entre os séculos II e III a.c. na China).
Existem diversas teorias para explicar este fenômeno e o professor Leonardo Affonso de Miranda Pereira da UNICAMP, relaciona quatro fatores fundamentais: 1- é um esporte simples e fácil de ser praticado (sem contar que é barato), o que fez com que sempre fosse popular; 2- está relacionado à diversão; 3- representa a população, que se vê nos jogadores (e aqui existe um paralelo com a jornada do herói, já que muitos craques eram “do povo”, mas alcançaram a fama e a fortuna através do esporte… Quem não conhece pelo menos uma criança que já sonhou em jogar na seleção, não é mesmo?) e 4- a convicção de que o Brasil tem o melhor futebol do mundo.
Depois disso tudo deu para perceber que futebol é puro branding, não é? Essa foi uma das razões que levou tantas marcas a investirem em patrocínio em troca de aumentar a percepção de marca, justamente para associarem seu nome a algo tão desejado pelas torcidas. Só para se ter uma ideia, a Fifa pretende lucrar R$6,5 bilhões com a Copa do Mundo 2022. E é claro que eu vou te ajudar a transformar tudo isso em conteúdo a partir de agora, topa?
📌 Anota aí no calendário
A Copa do Mundo do Catar começa dia 20 de novembro e vai até 18 de dezembro, pertinho do Natal. Alguém duvida que o fim de ano vai chegar mais cedo do que nunca?
6 lições para quem deseja vencer
Vamos aquecer o esqueleto antes de falar sobre o que as marcas estão criando para a Copa? A gente precisa de estratégia para vencer qualquer jogo e o mesmo princípio vale para a produção de conteúdo. Por isso, separei seis lições valiosas para quem deseja driblar a concorrência e conquistar o coração do cliente – tudo inspirado em futebol.
Quem ganha é o time e quem perde é o time
Toda empresa conta com um time, que precisa jogar em equipe para garantir o sucesso do cliente. Mesmo o “craque” não ganha o jogo sozinho.
Não use o mesmo esquema tático sempre
Toda estratégia considera as variáveis de acordo com o momento, que podem variar. O que funcionava ontem, naquele momento de empresa, pode não funcionar hoje. Quer mais um exemplo? Basta lembrar que as atualizações das plataformas impactam a produção de conteúdo. Avalie sempre.
Esteja preparado para o pênalti
Para ganhar é preciso fazer o gol, o que, na nossa analogia, representa a venda. É fundamental vender a visão de mundo da sua marca, assim como o seu produto ou serviço. Treine o pitch para não ser pego de surpresa!
Quem não faz, toma
Você prepara o cliente para a venda conduzindo-o pelo funil de conteúdo, o que fará com que ele tome consciência de um problema e passe a desejar a solução. Só que se ele não comprar de você, vai procurar algo em outro lugar. Deixe claro que você oferece e não se esqueça de vender!
A torcida joga junto
Você já foi a um estádio? Se já, sabe do que estou falando: a torcida influencia os jogadores da mesma forma que a audiência impacta no conteúdo e contribui para o reconhecimento da marca. Quanto mais estratégias para tornar a galera parte do jogo, melhor.
O jogo só acaba quando termina
Os desafios do marketing digital são muitos, mas desistir no meio da live, do lançamento, da gravação de um produto… Não vai te levar a lugar algum. Dá para mudar o jogo mesmo quando as coisas não começaram como o esperado. Jogue até o fim!
Lembre-se: ou a gente ganha ou a gente aprende – e erro é professor.
A Copa do Mundo é puro branding
Você já deve ter ouvido por aí algum estudo que demonstra quais são as marcas mais lembradas pelos consumidores. Acontece que elas investem bastante em propaganda justamente para se manterem vivas na cabeça dos clientes: o que vai impactar no processo de compra deles. Agora imagina colocar os anúncios no momento certo: junto de algo que seu cliente gosta muito? As chances dele criar uma associação positiva são ainda maiores. Esse é um dos motivos que faz com que as marcas paguem para se tornarem patrocinadoras e apoiadoras oficiais de eventos tão importantes, fora as ações in loco que só acontecem no evento presencial, como as vendas nos estádios. A gente consegue ter uma ideia da dimensão disso acompanhando o que vão falar das marcas da Copa do Catar em menções nas redes sociais, sobretudo o Twitter, que acaba sendo um termômetro do que as marcas estão falando. A Fifa já divulgou os sete parceiros globais da competição desse ano (que são os patrocinadores que terão destaque em todo mundo), são eles: Adidas, Coca-Cola, Grupo Wanda, Hyundai, Qatar Airways, Qatarenergy e Visa. Mas existem outros patrocinadores, viu? A Budweiser, por exemplo, fechou um contrato de US$ 180 milhões para ser a cerveja oficial do evento em 2018 (na Copa do Mundo da Rússia) e em 2022. Olha só alguns exemplos de como diferentes marcas exploram esse tema nas redes sociais.