E se eu te contar que a tão aguardada “Black Friday” (que significa “sexta-feira negra”) tem uma história repleta de controvérsias? Pois é, antes de ser um dia tão amado pela população, a sexta-feira negra era vista como uma data conturbada. Para entender a origem disso, preciso te lembrar que a Black Friday é celebrada toda 4ª sexta-feira do mês de novembro, acompanhando o Dia de Ação de Graças, também comemorado toda 4ª quinta-feira do mês de novembro. Vale destacar que esse é um dos feriados mais celebrados nos Estados Unidos, até porque ele é super antigo e tradicional, o que o torna parte da própria cultura do país (a festividade teve origem no século XVII, quando era celebrado o período de colheita, um dia alegre e cheio de esperança – o que vai combinar direitinho com o clima de compras que dominou a data muito tempo depois, mas eu ainda chego nessa parte).
Agora, o que tudo isso tem a ver com a nossa história? Acontece que as ruas ficavam tão cheias, o trânsito tão caótico e as lojas lotadas após o feriado, que é dito que os policiais costumavam chamar o dia depois de Ação de Graças de “sexta-feira negra”. Mas essa é apenas uma versão da origem desse termo, que acaba se misturando com outros fatos curiosos. Um deles traz o trecho de uma circular de uma empresa chamada Factory Management and Maintenance, que dizia: “A síndrome da sexta-feira após o Dia de Ação de Graças é uma doença cujos efeitos adversos só são superados pelos da peste bubônica. Pelo menos é assim que se sentem aqueles que têm de trabalhar quando chega a Black Friday”.
Deu para perceber que o termo Black Friday tinha uma conotação negativa no início, o que motivou diversos lojistas a tentaram mudar o nome do evento para Big Friday (a grande sexta), o que não se popularizou. Na verdade, foi apenas em 1990 que as promoções começaram a ganhar força nos EUA e a Black Friday se tornou “o maior dia de compras do ano” em meados dos anos 2000. Um dos motivos para isso é que a última semana de novembro inaugura a temporada de compras mais lucrativa do ano, o Natal. Pois é, portaleiro, 2022 está acabando, o que significa que a época mais aquecida de compras está apenas começando. E é lógico que eu não iria te deixar na mão. Mesmo que você não queira dar desconto, se você deseja vender mais, precisa ler este bloco. Bora nessa?
Por que a Black Friday é tão amada?
Você já deve ter visto algum vídeo mostrando as grandes promoções dos Estados Unidos, onde as pessoas fazem fila desde a madrugada para garantir os melhores descontos. Esse tipo de notícia não demorou a correr o mundo e foi por isso que a Black friday acabou sendo adotada por tantos países, começando pelo Canadá (já que a população cruzava a fronteira para fazer compras, o que incomodou os lojistas do país, que começaram a investir nas suas próprias promoções). Mas vale destacar que existe uma combinação de fatores que faz com que esse dia seja tão esperado, olha só.
Ingredientes que tornam a Black Friday um sucesso de vendas
A proximidade com o Natal
Todo mundo precisa comprar um presente de final de ano, então, por que não pagar menos por ele?
A promessa do “maior desconto do ano”
Existe muita expectativa em torno dessa data, o que facilita a tomada de decisão dos clientes.
Oportunidades únicas
O sentimento de urgência toma conta dos clientes, que são apresentados a oportunidades exclusivas para essa data.
Grande adesão do comércio
Quanto mais empresas participantes, mais o consumidor se sente motivado a comprar, porque percebe que a concorrência gera ofertas melhores.
O cliente está disposto a comprar
A maior parte das pessoas sempre está “precisando de algo”, mas aguarda o melhor momento para comprar (e a Black Friday pode ser, justamente, aquele empurrãozinho a mais).
Confiança
A Black Friday faz muito sucesso nos EUA porque, por lá, os descontos realmente compensam, o que torna a confiança um elemento fundamental para o sucesso desse dia.
🇧🇷 A tendência de compra na Black Friday brasileira é maior em 2022
Uma pesquisa realizada pelo Reclame Aqui mostra que a intenção de compra dos brasileiros é de 50,1% (o dobro de 2021). Vale destacar que apesar da desconfiança ainda existir, ela está cada vez menor por aqui, o que também foi reforçado pela pesquisa. Nela 43,5% dos entrevistados afirma que tem a intenção de comprar na data porque costuma pesquisar e achar produtos com bom preço. Já 18,1% disseram que realmente guardaram dinheiro pensando na Black Friday.