E se eu te contar que existe um método para validar um produto com o mínimo de investimento possível? Esse é justamente o conceito de MVP (Produto Mínimo Viável), que se tornou popular no mundo dos negócios com o crescimento das startups (empresas em estágio inicial). Muita gente acredita que elas englobam apenas tecnologia, mas seria muito mais acertado dizer que elas envolvem inovação. E esse não é um papo de outro mundo, ou você não se deu conta que criar conteúdo nas redes sociais tá envolvido nesse bonde?
Como adiantei, os MVPs ganharam força com as startups, que investem em tecnologia para minimizar os custos de produção e desenvolvimento de um produto. E é nesse ponto que a gente entra na história, já que as redes sociais potencializaram esse processo e, hoje, criar conteúdo é uma das formas mais efetivas de gerar demanda para um produto ou serviço. Sem contar a enorme quantidade de dados disponíveis, incluindo os que são coletados em pesquisas de satisfação e opinião dos clientes.
Não sei se você se lembra mas, há alguns anos, uma empresa passava anos testando uma fórmula, investia muito em pesquisa de validação, grupos focais e etc. E o mais importante, era necessário injetar muito mais dinheiro do que hoje em dia, antes do produto chegar à prateleira. Até mesmo o IPhone 1 nasceu como um MVP e foi lançado antes que estivesse totalmente finalizado, porque a ideia era justamente entender como o público aceitaria esse produto. O que faltava no IPhone 1 era pouco perto do que ele trazia de inovação para o mercado. Facebook, Dropbox e Easy Taxi são outros exemplos de sucesso que começaram dessa forma.
O marketing digital bebeu dessa fonte, tanto é que termos como “validação de um lançamento” tem tudo a ver com um MVP que avalia a oferta na própria fase de teste. O mesmo vale para justificar que a primeira turma de determinado curso tenha aulas ao vivo – já que os alunos contribuem para que o material se adeque às necessidades reais do cliente. Porque ninguém sabe, com 100% de certeza, se aquele produto vai ser mesmo aprovado, antes do cliente dar a palavra final. Essa é a grande sacada de um MVP: levar a gente para o campo de batalha, já que, na prática, a teoria é outra.
Deu para sacar por que esse assunto veio parar no Portal? Esse foi só o começo.
O processo em 7 etapas (Canvas MVP)
É importante saber que cada MVP precisa ser único, na medida que seu projeto também é único. Mas essa sequência de perguntas nos ajuda a entender como construir um passo a passo personalizado. Elas são derivadas de uma ferramenta chamada Canvas MVP, que mostra como estruturar o seu a partir de 7 etapas, que podem ser resumidas em perguntas.
Quer começar um novo projeto? Responda essa série de perguntas.
- Proposta do MVP: Qual é o objetivo (ou proposta) desse MVP?
- Personas segmentadas: Para quem é este MVP? Podemos segmentar o público e testar grupos menores?
- Jornadas: Quais jornadas são atendidas ou melhoradas nesse MVP? As jornadas envolvem conjuntos de ações como, por exemplo, “convidar amigos para determinada ação” ou mesmo “se inscrever”, “comprar algo”.
- Funcionalidades: O que será construído nesse MVP? Como as ações podem ser simplificadas ao máximo?
- Resultado esperado: Que aprendizado ou resultado estamos buscando?
- Métricas para validar as hipóteses do negócio: Como podemos medir os resultados do MVP?
- Custo e Cronograma: Qual é o custo e o prazo de validação do MVP?
Preparado para fazer o seu?
Agora que você entendeu a teoria que está por trás do desenvolvimento e validação de um MVP, chegou o momento de arregaçar as mangas e começar. Lembre-se que esse é um teste, o que retira o “peso” que muita gente sente na hora de lançar um produto, imaginando que ele precisa estar perfeito. A ideia é torná-lo melhor a cada dia, e não demorar para começar esse processo. Percebeu a diferença? Esse passo a passo vai te ajudar nisso, vem comigo!
Desenhe a fase 1
É o momento de desenhar seu primeiro plano de ação, que envolve a construção de um produto mínimo viável que será testado a partir de agora. Pode ser um tipo de serviço, um produto físico, um e-book, um curso… Não se limite, pense em como monetizar o que você já faz bem.