Tan Tan Tantan Tan Tan Reconheceu essa vinheta? A Tela Quente tá no ar desde 1988, então fica fácil saber o que vai rolar quando ela termina. Nesse caso, o que vem depois é mais um dos filmes “inéditos da Globo”.
Essa brincadeira foi só para chamar a sua atenção para o superpoder que uma programação tem na hora de fidelizar a audiência. Pensa comigo: quando você entra em um perfil novo é muito raro se identificar com tudo o que aquela pessoa ou marca faz de primeira. Mas se tem algo ali que te interessa, você volta e, com o tempo, passa a consumir muito mais do que havia gostado inicialmente.
Apostar em quadros fixos, ou seja, em programações recorrentes no perfil, faz parte da construção de uma linha editorial forte, autêntica e fora do padrão. É o caminho para fugir do conteúdo Google – aquele que qualquer profissional da sua área poderia entregar partindo do pressuposto que ele soubesse “tanto quanto você”. Mas um quadro fixo tem outro tempero, ele carrega o seu gingado, a sua linguagem, a sua personalidade. Já imaginou outra pessoa produzindo um “Se o Cuenca Fosse”, igual ao meu? Isso não faria o menor sentido (sem contar que seria plágio mesmo).
No meio disso tudo se engana quem acredita que criar um quadro (ou uma editoria) é algo de outro mundo ou um bicho de sete cabeças. Você não precisa inventar a roda, quer ver? Comece pesquisando mais sobre programas que você gosta (pode ser algo de dentro ou fora das redes sociais), liste os desafios da sua área e escreva o que você gostaria que tivessem te mostrado no seu nicho (mas ninguém fez). Com isso você já tem os ingredientes principais de um quadro único, que vai moldar o seu conteúdo. Mas ainda faltam outros elementos nessa história, e eu vou te contar quais são eles a partir de agora, vem comigo!
A linha editorial de milhões
A linha editorial é a espinha dorsal da produção de conteúdo. Estruturá-la é fundamental para atacar todas as frentes de uma boa estratégia de vendas ou de crescimento de um perfil, incluindo assuntos de topo, meio e fundo de funil. Um resumo bem rápidos dos três envolve: chamar a atenção da audiência, informá-la e, claro, torná-la consciente do que a marca é capaz de oferecer – o que aumenta sua relevância. Falei mais sobre como explorar as dores e desejos do público no Portal #015. Agora o desafio é mais específico: criar um quadro autêntico, capaz de ser reconhecido pela sua galera. Antes de entregar o ouro, vamos olhar para alguns perfis que se tornaram referência nisso.
Nos stories
A @nocedanielle instituiu uma caixinha de perguntas temática, toda segunda-feira, chamada SINCERONAS. Essa é uma forma de deixar a audiência preparada para o que vem pela frente, ansiosa pela caixinha do início da semana. Dá para fazer o mesmo, adaptando o tema para a sua área. Escolha determinado dia para falar sobre determinado tema.
No Reels
“Como eu me vestiria se…” é um dos quadros da @talitadalbo, que reflete o seu posicionamento envolvendo o universo da moda e o capital visual. Vale pontuar como, na maioria dos casos, os quadros de mais sucesso de um perfil tem tudo a ver com a própria audiência. Preste atenção às dúvidas da galera, pois elas podem revelar o caminho das pedras para o seu próximo quadro.
Na Live
Essa estratégia da @cicaregomacedo deixa claro o protagonismo dos seguidores na construção de uma linha editoria forte. Em determinados momentos do seu lançamento, a Ciça aposta em análises dos cômodos da casa dos seus seguidores para criar um conteúdo prático e divertido, do jeito que o povo gosta. Quem sabe faz ao vivo, não é mesmo?
Estilo “Tinder”
Dá para incrementar, ainda mais, o seu quadro, chamando a galera para participar. A @amandafitas abre um espaço no seu perfil para o encontro dos solteiros, o que tem tudo a ver com o seu nicho. Enquanto isso, eu tenho o Tinder das Collabs, uma forma de estimular as parcerias entre produtores de conteúdo de áreas semelhantes. O objetivo é um só: fortalecer a comunidade.
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