Existe uma década entre os dois Paulos que você vê ao lado.
O Primeiro era o cineasta recém formado que sonhava em ir para Cannes. O segundo é o professor e empresário que você vê hoje. Mas entre eles tiveram muitos outros que talvez você nem imagine. O Paulo diretor, apresentador, youtuber de culinária, depois de viagens, influencer e mentor de grandes marcas.
A história é bem mais longa, mas só estou te contando isso porque assim como ele, você também muda. E junto mudam seus objetivos, suas ambições, prioridades, seu negócio e as pessoas que consomem seu conteúdo.
Então a pergunta é: você está de olho nas mudanças que estão acontecendo à sua volta? Será que sua marca está comunicando a essência do seu negócio e conversando com os sonhos, dores e desejos de quem te acompanha? Como eu costumo dizer: o que deu certo até hoje não garante o sucesso de amanhã.
Mas calma! Não precisa entrar em crise existencial. O que você vai ver aqui são aplicações práticas de marcas que mudaram a forma de se comunicar e se apresentar ao mundo para acompanhar seu público e novas maneiras de pensar e vender. E isso tem até um nome chique: Rebranding.
Bora lá?
Marcas que já fizeram rebranding
Boss
Aposto que você já viu esse cara no Instagram. Ele é o Kabhy Lame, que tem uma das contas mais seguidas no Tiktok depois de viralizar com seus vídeos que não dizem sequer uma palavra. Hoje ele é embaixador da Boss e contribui para dar um ar mais jovem à marca junto com outros influenciadores. Fato é que a regra vale para mim, para você e para uma marca com muitas décadas de história.
Ponto Frio
Direto ao ponto. Assim é a comunicação do Pontofrio desde 2021, quando a marca decidiu rejuvenescer e se comunicar de forma mais leve, divertida e moderna, seguindo a linguagem das redes sociais. Se você entrar no @pontofrio, que agora é só Ponto, vai ser recebido pelo Pin, mascote e influenciador responsável por dar um quê de humanização que toda marca precisa se quiser vender pelo Instagram. A estratégia é bem parecida com a Lu do Magalu.
Latam
Latam nasceu em 2012, filha de uma chilena com uma brasileira. Foi assim que as duas empresas (LAN e TAM) resolveram unir as operações e colocar no ar a maior companhia aérea da América Latina. Imagine pintar todas as aeronaves com a nova identidade? Mas como você vai ver daqui a pouco, o processo de rebranding vai muuuuito além da identidade visual. Afinal, um casamento desses só é possível quando ambas as empresas pretendem voar na mesma direção.
Skol
Por muito tempo, as mulheres não foram bem representadas pela Skol. Mas o apelo sexual das campanhas publicitárias que combinavam cerveja e biquini passou a não descer tão redondo entre os consumidores. A bomba estourou em 2015 com a campanha de carnaval “Esqueci o não em casa”, que recebeu uma enxurrada de críticas nas redes sociais. Então, uma forma de se reconciliar com o público feminino e reposicionar a marca foi com a campanha “redondo é sair do seu passado”, que convidou seis ilustradoras para recriarem posts antigos da marca com uma nova visão. Clique aqui para ver a campanha.
Havaiana
Se todo mundo já usava, imagine depois que o surfista e ex-bbb Pedro Scooby incluiu a havaianas no seu look do baile da Vogue? Fato é que, mesmo antes disso, a marca já havia feito um excelente trabalho de reposicionamento para tirar aquela imagem de chinelo barato para tendência de moda. Esse foi o resultado não só das melhorias de produto que elevou seu padrão estético com novas cores e estampas com edição limitada, mas também da estratégia para levar uma nova mensagem a um novo tipo de público. Para isso, eles estamparam a marca em revistas de moda, campanhas assinadas por artistas plásticos e, claro, nos pés de muitas celebridades. Viva a influência!
Meta
Se você ainda fala Facebook, está atrasado. Agora é Meta e o Mark Zuckerberg não está de brincadeira. Essa foi a estratégia não apenas para limpar o nome da empresa que estava em maus lenções, mas também para conquistar uma posição de vanguarda no Metaverso, o ambiente que combina realidade aumentada e virtual onde estaremos todos em algum futuro próximo. Segundo o Zuck mesmo disse, ele sabe que o Facebook é a rede social mais usada do mundo, mas ele quer ir muito mais longe. Agora, a meta é uma empresa que cria tecnologia para conectar pessoas em outras dimensões.